quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O VINHO

Alentejo, Portalegre e particularmente Alter do Chão, cantinho de Portugal, terra de luz, é sol agreste, é secura, planícies onduladas sem fim, sobreiros e azinheiras, vinho, azeite, açorda e ensopado de borrego, coentros e beldroegas, grandes vinhos modernos e outros antigos, gente boa e hospitaleira.
Fez-se, nos últimos anos um investimento sustentado nos sectores da vinha e olival, construíram-se barragens, para satisfazer as necessidades de rega e criaram-se reservas cinegéticas de caça e pesca.
As plantações, quer de vinha quer de olivais, tiveram em conta preocupações ambientais e paisagísticas.
Os vinhos da Herdade Vale de Barqueiros e Monte Barrão, Vinhos Alterenses, são à longos anos muito apreciados pela sua excelente qualidade e elaborados a partir das melhores castas.

A ORIGEM DO VINHO EM PORTUGAL

A história do vinho em Portugal antecede a fundação da nacionalidade.
Crê-se que a vinha foi plantada pela primeira vez na Península Ibérica (no vale do Tejo e no vale do Sado), cerca 2000 A.C., pelos Tartessos.
Os Fenícios introduziram novas castas de uvas e tomaram conta do comércio do vinho dos Tartessos cerca do século X A.C.
Entretanto os Gregos instalaram-se na Península Ibérica no século VII A.C., desenvolvendo a cultura da vinha e trazendo progressos nos métodos de fazer o vinho.
No século VI A.C. os Celtas introduziram novas castas de uvas na Península Ibérica.
Os Romanos ao chegarem à Península Ibérica cerca do século II A.C. contribuíram para a modernização da cultura da vinha. Com a queda do Império Romano o vinho continuou a ser produzido pelas civilizações que se seguiram.
A videira é um arbusto, uma planta trepadeira, com um ciclo de vida relativamente longo. Cada variedade natural, cada casta, apresenta folhagem própria, com cachos distintos no tamanho e na forma, oferecendo sabores diferenciados que dão origem a mostos diferentes e, necessariamente, a vinhos com perfis, sabores e aromas distintos.
Os solos de médio potencial produtivo, (argilo-arenosos), algum relevo que confere um ondulado típico às vinhas e um clima mais temperado, devido ao posicionamento geográfico do Nordeste Alentejano, conferem um local de excelência para a produção dos vinhos alterenses.
Constituídas por um conjunto de castas com claro predomínio de variedades portuguesas, destacando-se a Aragonês e a Trincadeira, as duas castas qualitativamente mais importantes da região Alentejo, complementadas com Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Touriga Nacional, Tamarez, PetitVerdot Noir, Alfrocheiro,Tinta Caiada, Viognier, Verdelho, Antão Vaz Alvarinho, Arinto e Roupeiro.
De notar que nesta área exerce a sua profissão como enólogo, o ilustre alterense, Paulo Laureano, reconhecido internacionalmente, e responsável por alguns dos melhores vinhos nacionais.
Referências:

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ERVAS AROMÁTICAS


É muito importante conhecer algumas ervas e especiarias, e saber com que alimentos cada uma combina melhor, ressaltando o sabor do alimento e incrementando o seu paladar. De salientar a importância que muitas destas ervas e especiarias têm na gastronomia alentejana.

Louro
O louro combina com sopas, peixe em geral e carnes. Geralmente basta uma folha para aromatizar o prato.
É um antioxidante, digestivo; estimula o apetite e é auxiliar no tratamento da gripe.
Uso: cozidos, assados, feijões, massas, caldos e carnes.



Coentros

Possuem um perfume incomparável, refrescante e de sabor marcante. Combinam muito bem com peixe, frutos do mar, frango e legumes. As suas sementes são usadas para temperar marinadas.
O coentro é antioxidante, digestivo, auxiliar no tratamento da ansiedade e moderador de apetite.
Uso: peixes, frutos do mar, molhos, sopas, carnes e aves.




Erva-doceAs folhas da Erva-doce combinam muito bem com peixes grelhados ou cozidos em papelote. Este tempero fica delicioso servido com grande variedade de carnes como frango, vitela e outras. O seu aroma doce, como o anis, tempera muito bem saladas e molhos e é também muito usada nos doces regionais.
Combate tonturas, náuseas, infecções intestinais e estomacais.
Uso: As folhas podem ser servidas em saladas ou guarnecendo outras preparações.






Manjerona
Considerada indispensável na cozinha mediterrânea, a manjerona combina com carnes, tomates, batata e arroz. Muito parecida com o orégão, a manjerona tem um aroma mais fino do que o seu concorrente, associando-se mais facilmente a outras ervas.


OrégãosIndispensável no preparo de pizzas, o orégão é o companheiro perfeito do tomate, do pimentão, da beringela e das massas. Também combina muito bem com carnes brancas, como a vitela e o peito de frango.
Digestivo, antioxidante, antibacteriano, antibiótico, analgésico, sedativo; auxiliar no tratamento de gripes e cólicas menstruais.
Uso: molhos italianos, de tomate, ensopados, massas, sopas e espetadas(de carneiro e porco).



Alecrim
É certamente uma das ervas mais perfumadas, o seu aroma associa-se muito ao borrego, porco, frango, vitela e fígado. Quando usado fresco, pode servir de decoração.Digestivo, antioxidante, estimulante, activador da circulação sanguínea, antidepressivo e anti-séptico.
Uso: carnes e massas.


Salsa
A salsa além de ser decorativa acrescenta cor e sabor às omeletes, saladas, molhos, purés de batatas, patês e sopas. São encontradas duas variedades de salsa. A salsa crespa, mais decorativa e em forma de buquê, e, a mais comum, a lisa, que é mais aromática e suporta melhor a cozedura.
Favorece o equilíbrio hormonal; é fonte rica em betacaroteno (pré vitamina A) e Vitaminas do Complexo B; alivia os sintomas da bronquite, asma, cólicas menstruais e cistite; é auxiliar no tratamento de cálculos renais e cólicas.
Uso: molhos, patês, saladas, legumes, peixes, omeletes, sopas e guisados.

Cravo da Índia
Tem sabor doce e picante. Recomendado para arroz doce, pudins, compotas de frutas e pratos asiáticos, especialmente indianos.
Ajuda a aliviar sintomas da menopausa, a proteger contra a arteriosclerose e a diminuir os níveis de colesterol.
Uso: doces, pães, marinadas, assados de porco e molhos .



Salva bravaA Salva serve para perfumar as carnes, principalmente a carne de porco, coelho e vitela. O seu sabor, ligeiramente amargo, combina com legumes secos, queijos, carnes grelhadas e molhos.
Digestiva, antioxidante, auxiliar no tratamento de problemas de fígado, suor excessivo, ansiedade, depressão e sintomas da menopausa.
Uso: carnes , peixe, ovos, queijos e saladas.

É utilizada como chá.




Açafrão

Antioxidante, anti-inflamatório, é auxiliar no tratamento da prisão de ventre.
Uso: arroz, sopas, saladas e carnes( ensopado de borrego com arroz amarelo.






AlhoAntioxidante e digestivo; melhora a circulação sanguínea e purifica o sangue.
Uso: carnes, aves, molhos em geral ,refogados e na açorda. 




Cebola
A cebola é a base principal de todos os temperos que combina com quase todos os pratos. É considerada como auxílio do organismo na defesa contra infecções, eliminando todas as substâncias tóxicas através dos rins e reduz o aparecimento de câncer de estômago.
É também indicada para abrir o apetite e contra a prisão de ventre, problemas de pele, garganta e dos ossos e é também um bom diurético.





Canela

Digestiva e antioxidante; ajuda a prevenir a osteoporose, a controlar a pressão sanguínea e a aliviar sintomas da menopausa.
Uso: compotas, infusões, marinadas,bolos, pães, biscoitos e doces (em pó) como por exemplo no arroz doce.







Cominho

Diurético, auxiliar no tratamento de gases.
Uso: molhos, cremes, peixes, carnes, assados, legumes, ovos e sopas.








Hortelã
Estimulante e digestiva. Uso: chás, sumos, saladas, molhos para carnes, massas e sopas.






Pimentão-Doce (Colorau)
Obtêm-se reduzindo a pó os pimentos vermelhos.
Dá cor e sabor aos pratos do dia-a-dia tais como a carne assada, grelhada ou frita, sopas, pão, arroz e bacalhau. É também indispensável nos enchidos


Noz moscadaAfrodisíaca, é usada para problemas hepáticos.
Uso: doces, molhos e massas. Deve ser ralada na hora e basta uma pequena quantidade para aromatizar.








Pimentas
Antioxidantes; purifica o sangue, auxilia na prevenção de doenças do coração, no tratamento da obesidade, nas dores reumáticas (compressas locais).
Uso: pratos salgados.